A Casa Do Governador 🏚
As ervas altas e a decadência exterior em elevado grau não deixavam margem para dúvidas: estava diante de um lugar totalmente abandonado e, tendo em conta a sua imponência, não teria sido habitação de uma pessoa qualquer.
Esta antiga casa senhorial era bastante grande. Contabilizei seis quartos, duas salas de jantar, um longo corredor decadente a serpentear a casa, um curioso cantinho de arrumações onde encontrei uma vasta coleção de piões antigos, uma cozinha típica do nosso Portugal antigo e uma capela com um altar lindíssimo e num estado de praticamente pré-ruína.
Um pouco por toda a casa, a decadência era bem visível e era muito perigoso caminhar ali dentro, em especial na zona da capela e numa das salas de jantar, naquela que figura como "foto de capa" deste post e que, juntamente com o seu singular papel de parede a desfazer-se com a passagem do tempo, complementa um cenário meio apocalíptico espetacular para quem gosta deste tipo de olhar.
Como referi no início deste post, de facto esta casa não pertenceu a uma pessoa qualquer. Esta propriedade foi mandada construir em meados do século XVIII para servir de habitação a um reconhecido governador civil que tinha também no seu currículo, uma longa carreira como juiz.
Não consegui desvendar mais nada sobre este sítio e só consegui descobrir estes dados com base numa carta que encontrei num dos quartos desta casa.
Como é óbvio não revelo o nome da pessoa em questão para salvaguardar este local como deve ser salvaguardado.
Mais tarde, soube que as figuras católicas presentes nesta capela foram retiradas pela paróquia da aldeia para serem devidamente preservadas e que o local começou a ser cuidado. Uma boa notícia para um local que, pelos meus cálculos, já não presenciava vida humana há uns bons 40 anos.
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